O ato do “Dia Nacional de Luta” promovido por manifestantes,
integrantes de sindicatos, associações e autônomos, reuniu cerca de 8
mil
pessoas nesta quinta-feira (11) em Natal. O protesto teve foco na luta
por
melhorias nos serviços públicos e contou com a participação de
categorias nas áreas de saúde, universitários e servidores públicos.
No início da manhã, os manifestantes se reuniram no
cruzamento das Avenidas Bernardo Vieira e Salgado Filho e seguiram em passeata
pela BR-101 até a Avenida Roberto Freire. Durante o percurso pelas principais
avenidas da cidade, os manifestantes fizeram intervenções em viadutos e
protestaram na sede do poder executivo estadual.
Os agentes da Polícia Rodoviária Federal acompanharam o
protesto durante todo o percursos e fizeram desvios de rota para os motoristas
que trafegavam pelo local. A orientação era que os motoristas optassem pelas
ruas e avenidas alternativas, pela Via Costeira e pelas vias do
Campus Universitário.
Com faixas e cartazes os manifestantes e servidores da saúde
de todo o Estado cobraram melhorias do Governo Estadual. Durante a passeata, grupos
de todo o Estado participaram do protesto cobrando infraestrutura para atendimentos
nos postos de saúde, melhorias nos hospitais regionais com ampliação de leitos
e material para atendimento.
O protesto foi marcado também pela atuação da Polícia
Militar que montou barreiras de fiscalização e abordou manifestantes durante o
trajeto. Uma parte dos manifestantes
tentou protestar em frente a Governadoria, onde a chefe do executivo Rosalba
Ciarlini cumpria expediente, mas foram impedidos pelos militares. Apesar de não
ter ocorrido confronto direto, militares da Cavalaria e do Batalhão do Choque
ficaram de prontidão no local durante o protesto.
Durante o protesto a mobilidade urbana foi alterada com
diminuição da frota de ônibus circulando pela cidade e recolhimento de ônibus nas
garagens das empresas. Foi necessário e desvio de rota de ônibus, alternativos
e carros particulares já que a Polícia Rodoviária Federal interditou a BR-101 e
um trecho da Avenida Roberto Freire. Após o término do protesto, os ônibus
voltaram aos poucos a circular pelas rotas tradicionais.
Comércio
O dia de protestos em
Natal não alterou o funcionamento da maioria das lojas do comércio de Natal,
principalmente nos centros comerciais da Cidade e Alecrim. No centro da cidade,
as lojas abrirão normalmente, mesmo com movimento de clientes reduzido e
permanecem com horário de fechamento inalterado.
No percurso do protesto, as lojas optaram em parte pela
abertura e outra parte pelo fechamento. Os supermercados, shoppings,
universidades e algumas lojas colocaram tapumes de proteção e outros,
continuaram com as portas abertas.
O protesto durou cerca de
cinco horas e mesmo com chuva, os manifestantes não desistiram de
caminhar pelas avenidas da cidade. Houve um princípio de tumulto,
contido pelos policiais que faziam a segurança do local. Os
manifestantes encerram o protesto nos arredores do supermercado
Favorito, que fica na Avenida Roberto Freire.
A participação dos integrantes na manifestação foi marcada
pela pluralidade dos grupos formados por feministas, universitários, ciclistas,
ambientalistas, cada um com uma bandeira diferente e apenas um ponto em comum:
a vontade de mudar e melhorar os serviços públicos.
Fonte: nominuto.com
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