terça-feira, 11 de setembro de 2012

Brasil é o principal mercado mundial de crack, afirma pesquisa



A Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou em 2010 um estudo revelando dados alarmantes sobre a proliferação do uso de crack e outras drogas no Brasil. Um estudo da CNM constatou que 98% dos Municípios pesquisados enfrentavam problemas com a circulação e consumo de entorpecentes.

Desde então outras duas pesquisas foram desenvolvidas e novamente o cenário nacional gerou preocupação. O Observatório do Crack foi desenvolvido para que a Confederação pudesse ter um panorama real da situação dos Municípios brasileiros. Neste hotsite são disponibilizados os estudos e outras informações referentes à toxicodependência.

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) divulgou nesta quarta-feira, 5 de setembro, informações sobre o segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad). A pesquisa revela que o Brasil representa 20% do consumo mundial de cocaína/crack, alcançando a triste condição de principal mercado mundial de crack. O levantamento confirma os dados amplamente divulgados pelo Observatório do crack.


A análise da Unifesp revela ainda que houve uma alteração da ação do Brasil no narcotráfico. Segundo a pesquisa, o país era usadoAgência CNMAgência CNM como rota de passagem para os entorpecentes que seriam levados a outros países. Hoje, as drogas param aqui mesmo. Até 60% do que é produzido na Bolívia é consumido em território brasileiro.

Para a CNM somente com ações integradas será viável enfrentar a rede do narcotráfico. Para isso a entidade acredita que são necessárias ações coordenadas de forma a atingir desde a gestão municipal, passando pelos governos estaduais e federal, transcendendo limites geográficos e jurisdicionais.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, afirma que é preciso um grande esforço de coordenação e gerenciamento, além de investimentos em tecnologia e capacitação profissional. “Tudo isso demanda aplicação de recursos, nem sempre disponíveis em montante compatível às necessidades”, finaliza o líder municipalista.

A questão dos Municípios de fronteira deve ser resolvida com competência. A CNM entende que é preciso evitar que o País continue sendo rota internacional de drogas e grande consumidor interno, o que causa inúmeros problemas sociais.



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