Apesar de o próprio governo já admitir que o custo do uso acentuado das
usinas térmicas será repassado aos consumidores, o secretário executivo
do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse, nesta
terça-feira, que o gasto com essas usinas não compromete o desconto de
20% nas contas de luz, a partir deste ano. "A redução de 20% é
estrutural, enquanto o gasto com as térmicas é conjuntural. Não podemos
misturar uma coisa com a outra", afirmou.
Na segunda-feira (07)
em entrevista à TV Globo, o ministro Edison Lobão disse que o impacto do
uso em grande escala das térmicas seria de cerca R$ 400 milhões por
mês, ou menos de 1% de impacto para os consumidores. Mas analistas de
mercado projetam impactos maiores.
Zimmermann falou ainda que o
País não corre o risco de passar por um novo período de racionamento de
energia. Segundo ele, apesar dos reservatórios estarem em níveis baixos,
o sistema hidrotérmico brasileiro está equilibrado. "Em 2001 o problema
era a falta de usinas, e hoje não temos esse problema. As usinas
térmicas entram nos leilões de energia para serem usadas quando houver
necessidade. Essa é uma característica do nosso sistema", disse.
Estadão
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